CEI-PATRIMÓNIO
BOMBARRAL
dados históricos
O concelho de Bombarral está inserido numa fértil região agrícola, fruto do trabalho dos monges de Alcobaça, de pereiras, de colonos e de agricultores e ainda da natureza em si.
É composto por cinco freguesias (Bombarral, Carvalhal, Pó, Roliça e Vale Covo), tem cerca de 91,7 km2 e 13.324 habitantes. Tem uma situação geográfica privilegiada, encontra-se no extremo Sul do Distrito de Leiria, no centro da Região de Turismo do Oeste, a 75 km de Lisboa e a 20 km do Oceano Atlântico. Está ladeado a Norte pela vila de Óbidos e pela cidade de Caldas da Rainha, a Oeste pelos concelhos da Lourinhã e Peniche, a Sul pela cidade de Torres Vedras e a Este pela vila vizinha, o Cadaval.

Deste modo, o Bombarral não se pode dissociar da formação da nação e da sua luta pela independência e libertação.
Podemos afirmar que o 1º documento data do séc. XIII e refere-se à venda de uma herdade. O nome do concelho aparece como “Mon Barral” que poderá estar relacionado com duas situações diferentes: “Mons” do Barral (o seu primitivo dono) ou “Monte de Solo Barrento” (uma alusão à natureza dos solos da região).
Bombarral era uma granja do Mosteiro de Alcobaça. Embora esta região pertencesse a Óbidos, D. Afonso Henriques doou estas terras bastante férteis para a agricultura, aos Monges de Cister no ano de 1153. Estes monges foram bastante influentes para os métodos e técnicas empregues nas principais actividades agrícolas que dominam esta região.

Em termos de História, embora o nascimento do concelho de Bombarral remonte apenas a 29 de Junho de 1914, existem aqui vestígios de fixação humana desde os primórdios da pré-história: Gruta Nova, Lapa do Suão, fortificação neolítica da Columbeira e o Castro de São Mamede são disso bons exemplos.
Com a formação de Portugal e por doação de D. Afonso Henriques, em 1153 os seus terrenos passaram a pertencer aos monges de Cister. Mais tarde, por aqui passaram e pernoitaram vários Reis de Portugal e também D. João I de Castela. Aqui esteve D. João I de Portugal, antes da batalha de Aljubarrota, acompanhado do seu Mantieiro-mor, Luís Henriques, na casa da coutada, mais tarde Paço e hoje Câmara Municipal.
No dia 17 de Agosto de 1808, o seu solo foi palco da luta pela independência com a já afamada Batalha da Roliça, na qual o exército anglo-luso, comandado pelo General Wellesley, futuro Duque de Wellington, se sagrou vencedor.
CRONOLOGIA HISTÓRICA DO BOMBARRAL
1153 Ano em que D. Afonso Henriques doou estas terras bastante férteis para a agricultura, aos Monges de Cister. Estes monges foram bastante influentes para os métodos e técnicas empregues nas principais atividades agrícolas que dominam esta região.O Bombarral era uma granja do Mosteiro de Alcobaça. Embora esta região pertencesse a Óbidos.
1231 Documentos escritos do cartório do mosteiro de Alcobaça referindo o local como Monbarral, nome derivado do latim; Mons barralis.
1271 Pelo aforamento do abade D. Estevão, o Mosteiro de Alcobaça passa a fazer parte do atual Concelho do Bombarral.
1383 É o ano em que, reinava D. Fernando e em que Pedro Esteves (Alcaide de Óbidos e proprietário de todos os senhorios do limite do Bombarral, onde se integrava a Casa da Coutada).
1384 Considera-se a data da chegada ao Bombarral de D. João I de Castela, casado com D. Beatriz filha de D. Fernando, a quem o Alcaide de Óbidos tinha feito um juramento de vassalagem. Instalando-se (D. João I) no Castelo de Óbidos, deslocou-se à casa da Coutada, propriedade do alcaide daquela Vila, que pelas condições e grandeza ficaram mais tarde
1385 Após conquista do Castelo de Óbidos por D. João I de Portugal, confisca todos os bens que o alcaide, Pedro Esteves detinha no Bombarral.
1422 Torna-se a data em que todos os bens confiscados a Pedro Esteves passam para o fidalgo Luís Henriques, como a Casa da Coutada, mais tarde conhecida como Palácio dos Henriques.
1503 D. Leonor declara através de uma sentença contra o Provedor da Gafaria de Óbidos, querendo este, apoderar-se dos bens de Lançarote Murzelo, estando já destinados ao Hospital das Caldas, a rainha deixa ainda em vida ao hospital o “Casal do Bombarral”, passando este a pertencer à casa das Rainhas até 1833.
1527 Através da realização do Censo Nacional, por D. João III, O Bombarral apresenta-se como a segunda localidade mais populosa do Concelho de Óbidos (o que na altura correspondia a cerca de 300 pessoas).
1836 A 6 de Novembro, o Bombarral deixou de pertencer a Óbidos, passando a ser da Freguesia do Carvalhal.
1845 Foi iniciado o Colégio em Português, com o objetivo de preparar os missionários para as viagens aos territórios do Império colonial, que foram de extrema importância para a imagem do País, valorização a portugalidade e expansão linguística e valorizando também a imagem do próprio Bombarral na colonização das populações dessas colónias
1852 Ano em que se deu um grande crescimento demográfico no Bombarral comparativamente com Óbidos, devido sobretudo à migração causada pela crise da viticultura, oídio e filoxera do Douro.
1855 A 24 de Outubro, através de um decreto, as freguesias do Bombarral e do Carvalhal voltam a integrar o Concelho de Óbidos, em concordância com os habitantes, para que ambas passassem novamente a fazer parte do Concelho do Cadaval.
1878 Construção do troço da estrada Torres – Caldas da Rainha, passou a ser um fator determinante no desenvolvimento da vila.
1887 Deu-se início à edificação da estação ferroviária, com a inauguração de serviço de passageiros da linha Lisboa – Caldas da Rainha, originando um real progresso no que toca à exportação vinícola da Região.
1892 A Junta de Freguesia dá início à construção da futura escola primária perto da Igreja Matriz do Salvador do Mundo.
1911 Abel Pereira da Fonseca adquire a Quinta das Cerejeiras, fazendo dela um complexo agrícola, com vinhas, adegas lagares e até alojamentos para os trabalhadores.
1916 Abel Pereira da Fonseca, manda construir o palacete da Quinta das Cerejeiras, cujo autor do projeto foi Norte Junior.
1928 Instalação da Câmara Municipal no Palácio dos Henriques. A autarquia adquiriu também a mata circundante ao palácio e iniciou-se a construção do edifício dos Bombeiros Voluntários do Bombarral. Abel Pereira da Fonseca, sem querer ficar atrás destes eventos, mandou construir nesta data, tanto no Bombarral como em Torres Vedras, uma série de armazéns vinícolas, mantendo uma traça provinciana, recorrendo assim ao arquiteto Norte Junior.
1929 Bombarral passa a Vila de Bombarral.
1932 A Capela do Espírito Santo é demolida para permitir o alargamento da estrada; inauguraram-se os serviços dos correios, telégrafos e telefones.
1934 Construção do edifício do Grémio da Lavoura.
1938 Inauguração da casa do Povo.
1945 Abel Pereira da Fonseca, Presidente de Câmara. As construções efetuadas nas áreas administrativa, social e religiosa, causaram um importante impacto na vila do Bombarral e áreas limítrofes desta Região Oeste.
1951 Construção do edifício do Hospital do Bombarral; o arquiteto paisagista Caldeira Cabral torna-se consultor da Câmara para os espaços verdes, acompanhando as obras de conservação e também a construção do jardim anexo ao edifício camarário, projetado por ele.
1958 Inauguração do Mercado Municipal do Bombarral e do bairro de moradias para as classes mais desfavorecidas (pobres) “Inocência da Silva
1979 Inauguração da escola secundária do Bombarral.
1984 Inauguração da Biblioteca e Anfiteatro municipal do Bombarral.
1990 Inauguração do Museu Municipal no Palácio do Gorjão e também a construção do posto da GNR.
1996 Inauguração da Central (sede) Rodoviária.
1997 A ligação do Bombarral ao troço da A8, dando assim maiores e melhores acessos rodoviários à população local e facilitando em diversas áreas o desenvolvimento local.
1999 Data de criação do tribunal da Comarca do Bombarral.
2014 Centenário do Concelho do Bombarral


