CEI-PATRIMÓNIO
BOMBARRAL
gastronomia
O vinho e a pera

Existem presentemente, 1130 explorações agrícolas, valor exemplificativo praticado no Concelho, sem descurar, claro, depois de analisado, conclui-se também que existem atividades onde a prosperidade impera.. É do conhecimento geral que as principais culturas do Concelho do Bombarral se baseiam predominantemente na vinha e na pera (rocha) tão importante e famosa no nosso país, como no estrangeiro. Não podemos também deixar de realçar o elevado número de viveiros como 774 explorações de vinha, que fazem um total de 1461 hectares de terreno por todo o Concelho.
Há cerca de 170 anos foi identificada no Concelho de Sintra, na propriedade do Senhor Pedro António Rocha, uma pereira diferente, com frutos de qualidade invulgar, cuja denominação de origem é atualmente a “Pera Rocha do Oeste”, variedade portuguesa concentrada na região do Oeste, na orla marítima desde Sintra até Leiria.. A Pera Rocha, como principal produto, mas sem também descurar, a Pera Morettini e a Maçã Royal Gala, com uma cor textura e sabor apetecíveis e ainda uma excelente capacidade de conservação tornam-se numa variedade atrativa sob qualquer ponto de vista. Graças às suas propriedades (resistência), são baixas as perdas de sabor durante o período de conservação.28. Entre os principais compradores destes produtos, contam-se algumas das melhores cadeias de retalho da Europa e América.. Também para o consumidor destas frutas, justifica-se pela sua extrema qualidade e agradável sabor, ser consumida como sobremesa ou entre as refeições.. As peras são consideradas a fruta por excelência para os bébés, e a Pera Rocha, produzida num modo eco-sustentável é a fruta ideal para introduzir na dieta destas futuras gerações e proteger o corpo com alimentos saudáveis. Mais difícil que proteger as novas gerações, é proteger e conservar os bons hábitos dos nossos filhos no futuro.. Sobre a Companhia Agrícola do Sanguinhal, poderemos considera-la uma das mais virtuosas regiões vinhateiras de Portugal, cuja origem histórica é bem valiosa. De facto, foram os Monges de Cister que incutiram a cultura da vinha nesta região, o que provocou o desenvolvimento e consolidação (até aos dias de hoje) da atividade agrícola em questão.. Ocupa na região da Estremadura, cerca de 8 mil hectares de área e produz por ano, à volta de 60 milhões de litros de vinho.29. A companhia foi criada e constituída por Abel Pereira da Fonseca nos anos 20, de modo a ser capaz de gerir as propriedades que detinha na zona do Bombarral. Já nessa altura, a sua Sociedade Comercial Abel era a maior gestora de vendas do país com cerca de 100 lojas em Lisboa. A empresa sempre pertenceu à sua família e sempre se dedicaram à produção de vinho.. Hoje em dia a Companhia Agrícola do Sanguinhal é a responsável pela exploração de três Quintas na região demarcada de Óbidos, que ocupa 85 hectares de vinha: A quinta do Sanguinhal, a Quinta das Cerejeiras e a Quinta de S. Francisco, fazendo assim parte da Rota da Vinha e do Vinho do Oeste.

RESTAURANTES REGIONAIS
Três exemplos de restaurantes do concelho do Bombarral, onde a gastronomia regional tem diferentes abordagens, sempre com um cunho familiar e onde se procura manter uma oferta de qualidade e simpatia.
As reportagens foram realizadas durante um dia normal de trabalho e os pratos confeccionados, são servidos à clientela regularmente.
RESTAURANTE "O DIPLOMATA" Morada:Rua José Barardo, 9
2540 Bombarral
RESTAURANTE "ZÉLIA"
Rua Combatentes da Grande Guerra, 9
2540-454 Sanguinhal, Bombarral
CHURRASQUEIRA MENDONÇA"
Merc. Municipal, 7
2540-000 Bombarral




Licores D. Amélia
Foi no Séc. XVIII que o conhecimento através da fabricação dos licores, a Europa toma conhecimento deles, com a chegada do açúcar (cana do açúcar vinda das Antilhas e as especiarias que lhes enriqueciam os sabores).
Os doces D´Amelia são uma referência na região do Bombarral, pelo seu paladar, tato e olfato únicos na forma de os conceber.
Os licores D´Amelia preservam a tradição na sua confeção e tratamento, utilizando as mesmas frutas frescas sem qualquer corante ou conservante e o mais apreciado é sem sombra de dúvida o licor de Pera Rocha.
Os doces de frutas foram criados desde os tempos em que as populações tinham de preparar mantimentos para o inverno, variando receitas e ingredientes, confecionando assim as compotas, geleias e doces com frutas frescas ou secas, como hoje são conhecidas. As frutas eram postas inteiras ou cortadas, posteriormente cozidas ou em calda de água e açúcar e aromatizadas com especiarias ou mesmo bebidas alcoólicas.
D´Amelia, através destes conhecimentos, soube aproveitar estes antigos saberes, iniciando-se assim na doçaria, aproveitando principalmente a fruta típica e mais rica da região Oeste, como a Pera Rocha.
Entre os mais conceituados estão os Queques Integrais, o Bolo de Chocolate com Pera Rocha e a tão afamada Tarte de Pera Rocha. Os Gorjões do Palácio (fotos) são hoje em dia um doce regional muito famoso e surgiram, segundo notícia no jornal regional, Gazeta Das Caldas, publicada a 15 de Julho de 2011, pela mão de Amélia Simão, da Empresa “Doces e Licores D´Amelia”, que os baptizou em honra do Palácio do Gorjão, onde funciona o Museu do Bombarral.
Receita Gorjões do Palácio
7 ovos; 300g açúcar; 250g farinha ; 50g chocolate em pó
1 colher de essência de baunilha
1dl de azeite
1 colher de chá de fermento em pó
Bater-se muito bem as gemas com o açúcar, adicionando o azeite, a essência de baunilha; continua-se a bater, mistura-se chocolate por fim envolvem-se as claras em castelo.
Deita-se o preparado em formas pequenas com manteiga e polvilha-se com farinha, levando-se ao forno a cozer.