CEI-PATRIMÓNIO
BOMBARRAL
arquitectura
Teatro Eduardo Brazão

Raro e belo exemplar arquitectónico, representativo dos teatros clássicos italianos, em forma de ferradura, datado de 1921. Classificado imóvel de “interesse público”.
O teatro Eduardo Brazão foi inaugurado em 1921, devendo-se a iniciativa da sua construção, iniciada em 1918, à Empresa Recreativa do Bombarral, que se encarregou, depois, da gestão e direcção do espaço.
Implantado na Rua D. Nuno Álvares Pereira (na saída para Óbidos e Caldas da Rainha), este edifício destaca-se pela sua arquitectura ecléctica, com elementos arte nova e outros mais geometrizantes. Não se sabe quem foi o autor do projecto, embora tenha sido atribuído a Palmiro Fernandes, que era o segundo Comandante dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha e simultaneamente Chefe de Conservação de Obras Públicas.
A fachada principal apresenta três panos, com o central mais alto e ligeiramente saliente. A acesso ao interior é feito através das três portas que se abrem no piso térreo, a que corresponde igual número de janelas no andar superior. Sobre estas, uma faixa com o lettring "Eduardo Brazão" e um arco de aparelho rusticado que assenta sobre as pilastras que delimitam este pano. Remata o conjunto um frontão triangular truncado no vértice. Os panos laterais são marcados pela abertura de uma janela no piso térreo e uma outra no andar superior, com verga de arco perfeito, terminando em platibanda de cantaria cega. De acordo com Luís Soares Carneiro, esta fachada apresenta notórias semelhanças com a do teatro Sá da Bandeira, em Santarém, ambos com alçado principal dominado por amplo janelão, solução que se repete em Estremoz e que parece seguir o modelo do Teatro Politeama
No interior, a sala de planta em U, dispunha originalmente de 458 lugares distribuídos pela plateia, frisas, balcão e camarotes, beneficiando ainda de um amplo foyer e de um salão nobre sobre o átrio.
Apesar dos elementos Arte Nova que se observam na guarda do grande janelão da fachada, o interior é marcado por um gosto mais geometrizante, presente nas decorações estucadas dos camarotes.
Teatro, de arquitectura equilibrada "replicava, sincreticamente, modelos e soluções que, desde meados do séc. XIX, vinham sendo adoptados e adaptados entre nós"
Em 2004 o teatro foi reaberto após uma intervenção de restauro passado a integrar, desde então, a rede nacional de teatros do Ministério da Cultura


PALÁCIO DOS HENRIQUES-CÂMARA MUNICIPAL
Antigo Palácio dos Henriques, que o reconstruíram em 1751. Vendido a J. Pedro Barbosa e depois legado à família Pereira Soares, à qual foi adquirido para Paços do Concelho, inaugurado em 1949. Inclui o jardim municipal das Quatro Estações e a Mata Municipal. Esta última com arvoredo de Espécies florestais primitivas, constituindo um valioso património.
PALÁCIO GORJÃO/MUSEU DA VILA
Também chamado Palácio dos Coimbras, é solar que pertenceu aos Cunhas e Coimbras, construção inacabada do século XVI com portal brasonado. A fachada apresenta certa imponência, com austera decoração de cantaria. Após aquisição pela Câmara Municipal e obras de restauro e adaptação, nele foram instalados ateliers, o Museu Municipal e o Posto de Turismo. Em anexo existe a Biblioteca Municipal, um auditório coberto e o anfiteatro ao ar livre com espaços ajardinados e um espelho de água. Classificado imóvel de “interesse público”.
ANFITEATRO JOSÉ MARIA DO ROSÁRIO GUILHERME/BIBLIOTECA MUNICIPAL


A Biblioteca Municipal de Bombarral começou a sua actividade na década de 60, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.
Para além da biblioteca fixa, possui um pequeno auditório e de uma sala de informática para o público.
Estas instalações existem desde 1985 e já foi palco de muitos eventos culturais, um dos locais de lazer mais aprazíveis da Vila de Bombarral.
A Fundação Calouste Gulbenkian ofereceu à Câmara Municipal todo o acervo existente nesta biblioteca. A Biblioteca Itinerante, após alguns anos de inactividade, retomou a sua actividade.
LARGO DOS AVIADORES
PADRÃO COMEMORATIVO DOS AVIADORES
Estátua de homenagem a Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Padrão comemorativo revivalista, de estilo neomanuelino, com uma estrutura que imita um pelourinho manuelino, sobretudo na base e no fuste.


TORRE DOS LAFETAFE

A construção mais antiga do concelho. Doada por D. Dinis a um fidalgo aragonês que se fixou em Portugal e veio a ser bisavô materno de D. Nuno Álvares Pereira. Figura num testamento de D. Sancho II, século XIII, e tem tido vários proprietários incluindo, no século XVIII, os poderosos comerciantes Lafetat que, dois séculos antes, se haviam estabelecido no nosso país, construindo um solar nesta aldeia, o qual deu origem à actual Quinta dos Loridos. Classificada imóvel de “interesse público”.O topónimo resulta da deturpação do nome italiano Allfaitatti, da família a quem pertenceu no período manuelino. A torre é mais antiga, já existia no séc. XIII, mas a estes proprietários se deveu a adaptação a palácio, abrindo janelas nos seus muros e adossando outra construção. (Imóvel de Interesse Público)
ESTAÇÃO DE CAMINHOS DE FERRO
Uma estação de comboios tradicional que continua activa. Na sua fachada interior, no caminho do viajante, possui uma belíssima colecção de painéis de azulejos da década de 1930, representando cenas da vitivinicultura da região consideradas um magnífico cartão de boas vindas para o visitante que chega ao Bombarral de comboio.

MATA MUNICIPAL
Espaço onde podemos passear e sentir o cheiro do ar puro, o canto dos pássaros e passar uma linda tarde. Neste espaço realizam-se vários eventos, tais como: o Festival do Vinho e a Feira da Pêra Rocha.

QUINTA DOS LOURIDOS


O solar é um sóbrio exemplar da nobre arquitectura rural do século XVIII, época em que foi reconstruído pela família Sanches de Baena, cujo brasão ostenta. Aforados solar e quinta a J. Pedro Barbosa em 1821, este legou-os à família Sepúlveda que os venderam em 1989 a uma sociedade comercial produtora ali do famoso vinho espumante “Loridos – Bruto”. Actualmente é propriedade do Comendador José Berardo, que nela edificou dois jardins temáticos, um de índole oriental, o Budha Eden e outro de índole europeia.
Solar nobre datado do século XVIII, ostentando o brasão da família Sanches de Baena. Atualmente, pertence a uma empresa que o adaptou a unidade hoteleira de luxo.

BUDDHA EDEN


O Buddha Eden Garden é um espaço com cerca de 35 hectares, idealizado e concebido pelo Comendador José Berardo, em resposta à destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, naquele que foi, um dos maiores actos de barbárie cultural, apagando da memória obras primas, do período tardio da Arte de Gandhara.
Em 2001, profundamente chocado com a atitude do Governo Talibã, que destruiu, intencionalmente, monumentos únicos do Património da Humanidade, o Comendador Berardo deu início, a mais um, dos seus sonhos, a construção deste extenso jardim oriental. Prestando, de certo modo, homenagem aos colossais Budas esculpidos na rocha do vale de Bamyan, no centro do Afeganistão, e que durante séculos foram referências culturais e espirituais.
Pretende-se, que o Buddha Eden Garden seja um lugar reconciliação.
Sem nenhuma tendência religiosa, abre as portas, a todas as pessoas, independentemente, da religião, etnia, nacionalidade, sexo, idade, condição cultural ou social, convidando à união, comunicação e meditação, como forma de redescobrir a felicidade.
Esta é uma instituição cultural sem fins lucrativos e ao serviço da comunidade nacional e internacional, que tem como missão sensibilizar o visitante para o conhecimento interior, através do seu jardim em diálogo com um vasto património escultórico, vocacionado para a meditação e promoção da interacção social e cultural, conforme os princípios da solidariedade e da dignidade humana.

QUINTA DO SANGUINHAL
A Companhia Agrícola do Sanguinhal fundada nos anos vinte por Abel Pereira da Fonseca, dedica-se à exploração de 3 Quintas na Região Demarcada de Óbidos, Quinta do Sanguinhal, Quinta das Cerejeiras e Quinta de S. Francisco. Os nomes destas Quintas representam os vinhos DOC mais prestigiados desta empresa familiar.
A empresa investiu na área do Enoturismo, fazendo parte da Rota da Vinha e do Vinho do Oeste.
As visitas à Quinta do Sanguinhal levam os seus visitantes a estimular o espírito de descoberta e da experimentação.
Visitas às destilarias, ao lagar e caves de envelhecimento com 36 tonéis. Visitas às vinhas e passeio pelos jardins do séc. XIX da casa de família. Provas de 7 vinhos (2 vinhos brancos, 1 vinho rosé, 3 vinhos tintos, 1 vinho licoroso).
Com uma área de 40 hectares, 25 dos quais de vinha, plantada em planalto e encostas suaves de solos arenosos e argilo-arenosos.
Nesta quinta situa-se uma das antigas destilarias da firma e os armazéns de envelhecimento de aguardentes e licorosos, bem como zonas de estágio de vinhos em barricas e engarrafados.
Faz também parte do património desta quinta um grande e antigo lagar com prensas de fuso e vara, a mais antiga das quais data de 1871 e uma destilaria com vasos em cobre para bagaços e duas colunas contínuas para a destilação de vinhos.
QUINTA DAS CEREJEIRAS
Foi nesta casa que Abel Pereira da Fonseca se instalou, no centro da Vila do Bombarral.
É como um ex-libris da vila e mantém a mesma traça desde que foi construída e inclui ainda a capela de Madre Deus, Construída em 1537, segundo documentos provenientes da Torre do Tombo, esta tem a imagem da sua padroeira representada numa escultura de pedra
Era a frontaria da quinta que se estendia por uma área de 20 hectares, dos quais 15 de vinha plantada em encostas suaves, de solo argilo-arenoso, expostas a sul.
As empresas de Abel Pereira da Fonseca e a enorme produção vinhateira, detinha 100 lojas na região de Lisboa (Val do Rio) e era uma das principais exportadoras de vinho para as colónias em África
QUINTA DE S. FRANCISCO

Faz parte da Companhia Agrícola do Sanguinhal e muitos dos seus vinhos têm garantido prémios de qualidade e excelência
CAPELA DE S. BRÁS




Capela-mor reconstruída da igreja que ruiu pelo terramoto de 1531. Retábulo quinhentista, tal como a escultura em pedra do padroeiro num nicho da frontaria. Interior revestido de azulejos do século XVII. Nela encontra-se a arca tumular de Luís Henriques, o primeiro dos Henriques do Bombarral, cavaleiro da Ala dos Namorados na batalha de Aljubarrota e Mantieiro-mor de D. João I. A respectiva lápide parietal é gótica. É a actual capela do cemitério da vila. Classificada imóvel de “valor concelhio”.A fachada deste templo rasga-se numa pequena galilé alpendrada.
IGREJA do SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
PADRÃO DE VALE COVO
Padrão datado de 1940, constituído por dois degraus, um fuste liso e, no cimo, uma esfera armilar, uma cruz da ordem de Cristo e um brasão de armas de Portugal.

Igreja do Sagrado Coração de Jesus, inaugurada em 1967. Possui um altar que apresenta um painel de mosaico florentino, representando a Última Ceia, da autoria de António Lino. É o ex-libris da freguesia de Vale Covo

CAPELA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
A sua fundação na primeira metade do século XVI, deve-se à Rainha D. Leonor. Ampliada e restaurada no século XVII e meados do século XVIII, é revestida de azulejos com padronagem tipo de “tapete” em azul e amarelo do século XVII. Possui diversas imagens de muito boa qualidade, em pedra e em madeira, policromadas, do século XVI e outras do século XVIII. É igualmente rica em pinturas; o retábulo do primitivo altar mor é atribuído ao pintor maneirista António da Costa. Classificada imóvel de “interesse público”.Igreja fundada pela Rainha Dona Leonor em inícios do século XVI. Remodelada no século XVIII, data também desta altura a torre sineira. O interior, de três naves, está revestido a azulejos do século XVII. Salientam-se o primitivo retábulo-mor, atualmente na sacristia, formado por cinco painéis com pinturas de António Costa de 1600 e a imaginária.

SANTUÁRIO DO BOM JESUS DO CARVALHAL-IGREJA PAROQUIAL DE SÃO PEDRO DE FINISTERRA


A sua fundação na primeira metade do século XVI, deve-se à Rainha D. Leonor. Ampliada e restaurada no século XVII e meados do século XVIII, é revestida de azulejos com padronagem tipo de “tapete” em azul e amarelo do século XVII. Possui diversas imagens de muito boa qualidade, em pedra e em madeira, policromadas, do século XVI e outras do século XVIII. É igualmente rica em pinturas; o retábulo do primitivo altar mor é atribuído ao pintor maneirista António da Costa. Classificada imóvel de “interesse público”.Igreja fundada pela Rainha Dona Leonor em inícios do século XVI. Remodelada no século XVIII, data também desta altura a torre sineira. O interior, de três naves, está revestido a azulejos do século XVII. Salientam-se o primitivo retábulo-mor, atualmente na sacristia, formado por cinco painéis com pinturas de António Costa de 1600 e a imaginária.


CASA ALPENDRADA DA RUA DO HOSPITAL
Construção de pequenas dimensões com uma escadaria de dois lanços quebrados que vão dar a um alpendre assente em quatro pequenas colunas.

ALBERGARIA DO CARVALHAL / HOSPITAL DO CARVALHAL

Edifício seiscentista de planta retangular. Antigamente tinha dois pisos mas, atualmente, o segundo piso encontra-se em ruínas, restando apenas a cota do parapeito da varanda alpendrada que aí existiu.Construção de pequenas dimensões com uma escadaria de dois lanços quebrados que vão dar a um alpendre assente em quatro pequenas colunas.
IGREJA DE SANTO ANTÓNIO-SANGUINHAL
SOBRAL DO PARELHÃO-CAPELA DE SANTA ANA

Igreja de nave única e capela-mor construída em finais do século XIX. No interior, destaque para o coro-alto com balaustrada assente sobre duas colunas de fuste liso.

Capela de nave única e capela-mor com arquitetura popular. No interior, destaque para o coro-alto de balaustrada suportado por dois modilhões.
MOÍNHO DE A-DOS-RUIVOS
Moinho de vento recuperado, ainda em funcionamento em tempo parcial. Pode ser visitado durante o seu horário de funcionamento.

PONTE DO PÓ
Ponte medieval constituída por um arco único abatido e um tabuleiro rampante muito suave com uma passagem com cerca de 1,5 metro de largura e sem guardas.

IGREJA DE NOSSA DA PURIFICAÇÃO
